Um Douro com sotaque francês, um toque brasileiro e algo britânico. Este belíssimo tinto tem a mão do enólogo francês Jean Claude Berrouet, que foi o enólogo do Château Pétrus por mais de 40 anos. Além disso é produzido na histórica Quinta da Boavista, onde viveu o Barão de Forrester e agora é propriedade do brasileiro Marcelo Lima e do britânico Tony Smith.
A quinta possui 40 hectares de vinhedos de classificação “A”, a mais alta do Douro. Berrouet juntamente com enólogo da casa Rui Cunha buscam a expressão máxima deste especial terroir do Douro, o que resultou em um estilo mais austero e elegante, um Douro que fala francês. Este Reserva é feito com uvas autóctones do Douro. Nem na garrafa nem na ficha técnica é fornecida a informação das uvas utilizadas. Informam sim, que na Quinta há vinhas de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Sousão e Alicante Bouschet. Da mesma forma que nos sentimos à vontade diante de um corte bordalês, o corte duriense não deixa a desejar, muito pelo contrário, é garantia de alta qualidade. Para este reserva são feitas várias vinificações em separado seguidas de estágio de 15 a 20 meses em barricas de carvalho francês, para então ser feito o corte final. Na prova os aromas encantam pela qualidade e complexidade. Percebe-se frutas vermelhas e pretas frescas, madeira bem integrada, alcaçuz e especiarias doces, pimenta preta e chocolate. Na boca é repleto de taninos finíssimos e polidos que estão em pleno equilíbrio com a fruta e a boa acidez. É encorpado e envolvente sem perder a elegância, reveste a boca e deixa um longo final. Um magnífico representante do Douro! Estupendo!
Origem: Douro
Produtor: Quinta da Boavista – Lima & Smith
Tipo: Tinto
Uvas: Corte Duriense
Degustador: Rodrigo Vieira
Degustado em: fev/2017
Nota: 93